sexta-feira, 3 de junho de 2011

Comissão Especial visita hospital psiquiátrico Teixeira Lima

O Instituto Psiquiátrico Professor André Teixeira Lima recebeu a visita dos membros da Comissão Especial dos Hospitais Psiquiátricos da Câmara de Sorocaba, que investiga denúncias sobre o atendimento nessas instituições. A vistoria, que estava prevista desde a semana passada, aconteceu na manhã desta sexta-feira, dia 13, quando os parlamentares definiram qual a clínica que deveria ser inspecionada.

O presidente Izídio de Brito (PT), o relator Luis Santos (PMN) e os vereadores José Crespo (DEM), Rozendo Oliveira (PV) e Neusa Maldonado (PSDB), chegaram ao local às 6h55. Depois de negociações com o diretor clínico do hospital, o psiquiatra Dirceu Doreto, às 8h25, a equipe recebeu autorização para entrar no prédio. A espera ocorreu sob a alegação dos leitos e refeitórios estarem recebendo serviço de limpeza.

Durante a visita, os vereadores percorreram todo o hospital e tiveram a oportunidade de conversar com enfermeiros, funcionários e pacientes, além de obter informações sobre o seu funcionamento. Acompanhados da equipe de imprensa da Câmara, registraram fotos e imagens do local e situações presenciadas.

Segundo o médico diretor, o hospital atendeu nos últimos cinco anos, a cerca de 4.800 pacientes, registrando 45 mortes desse total. O dado corresponde ao levantamento realizado pelo Fórum de Luta Antimanicomial, que resultou na criação da Comissão Parlamentar Especial.

“Acreditamos que esse acompanhamento vai ampliar ainda mais a avaliação e a visão da sociedade para uma realidade que muitas pessoas tentam mascarar”. Explica o Vereador e Relator da Comissão, Luis Santos (PMN).

Um relatório sobre a vistoria deve ser elaborado já no início da próxima semana, porém, o presidente da Comissão adianta que um dos pontos que chamaram a atenção é o número pacientes que, aparentemente, não precisariam estar internados. "A princípio, observamos que há pessoas residentes lá que podem ser tratadas de outras maneiras, com ações substitutivas, evitando assim muitas internações", ressalta o presidente.

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